22 de maio de 2010

+ de Flah Queiroz

Acho que oque me agrada na Queiroz é ler atraves dela, palavras da Andressa. Pelo menos esse texto parece se encaixar muito bem na nossa situação, como se a Flah fosse a roteirista da nossa historia que virou novela.

Cláusulas


Pensar em você me faz crer: minha mão ainda pode gelar por outra razão que não seja hipoglicemia. Meu coração ainda pode ficar quente, sem padecer de febre. Você colocou um casaco quentinho em minha alma fria.

Mas entenda, não caio nesse papo de cara metade. Sou inteira, e não gosto de partes. Nem doses homeopáticas me servem.

Se há algo que prezo, são minhas lembranças guardadinhas em porta jóias musicais, aqui dentro, no meu âmago.

Me esquenta, me esfria, me rodopia no ar e me entorpece até as mais altas nuvens... Só não desafia meu ego.

Abriria mão de ganhar no jogo só pra ganhar um beijo seu. Abriria mão de toda a inquietação ardida, do  desassossego conservado com orgulho, da coceira no coração e dos beliscões doloridos que dou na minha calma quando ela aparece. Pode ficar aqui sem medo, hoje preciso da sua companhia. Mas ó, não se esparrama como um amor antigo.

Fica aí, sentadinho e comportado. E respeita minha essência.

Topo a entrega, mas nada de corações em bandeja de prata ou confissão de segredos. Eu quero a paz de não saber, só imaginar. Quero a paz da proximidade calculada.

Eu te amo. Mas se aqui coubesse um ‘mas’, diria que amo pelas lacunas não desvendadas. O óbvio cansa, benzinho...

Deixa quietos os meus segredos. Me deixa ser inteira... e assim me completa.

"Se tu me amas, ama-me baixinho.
Não o grites de cima dos telhados.
Deixa em paz os passarinhos.
Deixa em paz a mim."
(Mário Quintana)

Flávia Queiroz

Um comentário:

Gostou do que leu?? Não??

dá um pitaco ae. e depois eu prometo q te mando ir à merda