João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. Pelo exemplo de Drummond, o Poliamorismo nada mais é do que a manifestação da natureza humana em aceitar que amor é múltiplo. É a quebra do paradigma do amor romântico, único e exclusivo. Mas sim, a aceitação de que é possível junto amar outras pessoas, e viver bem com isso. Sem culpas, sem traições, sem ciúmes.
Os poliamoristas possuem um código de ética que vai além dos tabus que imaginamos. Não existe promiscuidade. Para eles, a opção de vida é satisfatória e recompensadora, mesmo que condenada pela sociedade, a mesma que impõe o casamento monogâmico, mas que tem aquela amante que ninguém sabe, seja no passado ou no futuro. Porque se corno você ainda não foi, você ainda será.
O movimento poliamor anda crescendo pelas beiradas e vem sendo retratado em filmes e histórias contemporâneas, como o ótimo Vicky Christina Barcelona, de Woody Allen, diretor que sempre questionou todas as vertentes da vida moderna, que em prática, não é bem lá o que a teoria promete.
Há quem diga que o amor é egoísta, e há quem diga que onde há egoísmo não há amor verdadeiro. Eu achei o movimento, em tese, um tanto surreal. Algo como bom demais pra ser verdade. Duvido onde encontraria uma mulher que aceitasse sem problemas em eu ter relacionamentos com outra, ainda que ela seja a parceira escolhida para a vida toda.
Pior ainda é aceitar na mesma moeda que a minha mulher possa também ter a liberdade de fazer sexo apenas por prazer com algum outro homem. Eu sei que amor e sexo podem perfeitamente andar de mãos separadas e ainda co-existirem pacificamente. Mas será possível?
Quem tem peito pra encarar?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Gostou do que leu?? Não??
dá um pitaco ae. e depois eu prometo q te mando ir à merda