Os vários níveis da relação sexual
Para o Tantra, a relação sexual não é apenas um contato genital. Há vários níveis, alguns tão discretos que podem ser praticados em qualquer lugar sem agredir os costumes vigentes. Esses níveis variam de uma escola tântrica para outra como, aliás, é comum ocorrer com quase todos os conceitos. Num panorama cultural tão vasto e antigo é compreensível que haja muitas vertentes defendendo nuances diferentes e, às vezes, divergentes.
O primeiro nível de relação sexual é mental
Quando uma pessoa deseja outra e visualiza um ato de amor com ela, já começa a desencadear forças que têm valor tântrico. Como tudo o que ocorre no plano objetivo é uma cristalização do que foi anteriormente plasmado no plano subjetivo, o fato de você mentalizar uma aproximação com alguém, tenderá a tornar esse desejo uma realidade.
Não obstante essa prática contribuir para a realização do que foi visualizado, jamais poderá atuar contra a vontade de quem quer que seja. Se sua mentalização encontra um campo favorável, ou até mesmo neutro, realizar-se-á. No entanto, se a outra pessoa não o quer, há leis naturais que impedem a violentação da liberdade.
O segundo nível de contato sexual é o olhar
O olhar tem um poder extraordinário de estabelecer ligação profunda entre as pessoas, de gerar amor e de desencadear excitação sexual. É um recurso que, em público, em menos de um segundo, sem que ninguém em torno perceba nada, pode estabelecer vínculos definitivos entre duas pessoas.
Durante um simples beijo ou durante um contato sexual de último grau, o uso do olhar pode superdimensionar as sensações, amplificando-as dezenas de vezes. As pessoas que beijam ou fazem amor de olhos fechados estão perdendo um upgrade precioso, capaz de lhe abrir canais jamais experimentados de envolvimento e de prazer.
Um iniciado tântrico, que tenha desenvolvido o siddhi do olhar, pode produzir excitação sexual numa pessoa sem tocá-la, sem lhe dirigir a palavra, simplesmente penetrando a pessoa com o olhar. Conhecem-se muitos casos de orgasmo desencadeado somente com o efeito olho-no-olho durante algum tempo. Nisso se baseia o exercício tântrico denominado drishti, em que os parceiros não precisam se tocar para produzir eclosões energéticas inimagináveis.
É importante frisar que neste como nos demais níveis, o catalisador é a reciprocidade. Portanto, os efeitos acima só ocorrem quando as duas pessoas manifestam o fator intenção. Somente havendo intenção de ambas as partes, o fenômeno tem lugar. Assim sendo, se alguém com o olhar lhe desencadear excitação, nem cogite em acusá-lo de invasão de privacidade, de manipulação mental, ou de hipnose. Nada de hipocrisia! Se mexeu com seus hormônios, com a sua respiração, com seus batimentos cardíacos, terá sido por você haver-lhe proporcionado um catalisador: a sua reciprocidade.
O terceiro nível de contato sexual é dirigir a palavra
Falar, olhar ou tocar, podem ser manifestados em modulações que vão desde a assexuada até aquelas que deflagram a chama do desejo ou que podem inibir e desligar qualquer estímulo.
O tom da voz, o assunto e o vocabulário escolhido podem produzir efeitos incalculáveis. Durante um contato sexual a palavra é fundamental.
Muita gente se relaciona em silêncio por uma questão de repressão. Se você não permanece calado quando priva com alguém, seja para um jantar ou para um passeio, não lhe parece estranho que justamente quando está no momento mais íntimo e mais amoroso queira ficar de olhos fechados e sem falar, como se não se permitisse ver o que está fazendo, nem falar sobre?
Uma palavra de amor pode detonar instantaneamente o explosivo da sexualidade. Um diálogo picante pode projetar os amantes aos píncaros da excitabilidade. Falar sobre suas fantasias pode hipervalorizar sua cumplicidade e mover os setores mais subconscientes do casal, onde se localiza a liberação dos instintos.
O quarto nível de relação sexual é o toque
O toque pode ser estimulante ou desestimulante. Pode ser carinhoso ou grosseiro. Pode ser, mais simplesmente, um toque neutro. Quase sempre, as pessoas tocam seus parceiros sexuais de maneira inadequada. Não se detêm em considerar que nesse momento especial estão com o poder de transformar a vida de um outro ser humano e a sua própria, dependendo de como olhem, como modulem a voz, o que digam, como toquem.
O toque é uma arte que precisa ser desenvolvida. Nenhum exercício é mais eficiente que a decisão de estar atento a cada toque que aplique daqui para a frente em seu parceiro, em seu amigo, em seu cãozinho, em uma flor, em um objeto inanimado. Tocar é sagrado. É o momento em que os campos elétricos do seu corpo se conectam com os de um outro corpo. Ocorrem trocas energéticas que sempre influenciam a saúde, o equilíbrio, a felicidade, o karma.
O quinto nível de relação sexual é o beijo
Beijar já é fazer amor. Tocar com seus lábios suavemente os lábios de alguém, permitir que suas texturas, temperaturas, perfumes sejam compartilhados e usufruídos, constitui uma oferenda e uma concessão que você proporciona a um número muito limitado de privilegiados.
A mucosa da boca é muito semelhante à mucosa dos órgãos genitais. Os condimentos que excitam a boca excitam a sexualidade. Quase todos os adultos ao se beijarem ficam sexualmente estimulados: homens têm ereção, mulheres ficam úmidas.
Conscientize isso e concentre-se melhor no que está fazendo, mesmo quando tratar-se de um beijinho de cumprimento de chegada ou de despedida. Olhe nos olhos, inspire para sentir o perfume do alento, detenha-se mais um instante a compartir esse fugaz momento de enlevo. Especialmente, se tratar-se de um amigo ou amiga com quem você não tem maiores intimidades. Essa vivência pode ser mais estimulante do que travar toda uma relação sexual de último grau. Há pessoas que conseguem nos marcar para o resto da vida com apenas um toque nos lábios. Quantas pessoas cativaram para sempre um parceiro ou parceira apenas com um beijo! Quantos amigos temos que ficam aguardando ansiosos o dia de nos reencontrarem, apenas para experimentar esse instante de proximidade permissível...
Você já imaginou cometer uma relação sexual sem beijo? Essa heresia impensável ocorre mais do que se possa imaginar. Homens que aprenderam a copular com profissionais não sabem beijar no ato sexual. Mulheres que aprenderam com esses homens fazem o mesmo. Que lástima! O ser humano é o único animal que copula beijando-se. É uma característica de evolução. Apesar disso, muita gente enfia a cabeça no travesseiro e como que ignora a presença do outro. Trata-se da mesma síndrome que induz a fechar os olhos para não ver o que está acontecendo, ou permanecer em silêncio no ato de amor por vergonha ou repressão. Tais pessoas parecem estar dizendo: "faça logo o que você tem a fazer mas não me olhe nem me dirija a palavra."
Não é qualquer beijo que produz as mais sublimes sensações. Experimente beijar com mais suavidade. Explore mais os lábios. Pesquise a temperatura do cantinho da boca. Deslize seus lábios sobre os do parceiro ou parceira. Alterne a pressão durante um mesmo beijo. Toque carinhosamente a pontinha da língua no lábio inferior do parceiro. Exerça uma carinhosa sucção. No Tantra Branco, trata-se do parceiro com muito amor, suavidade e carinho. Mas, acima de tudo, sinta profundamente e deixe que seu Shakta ou sua Shaktí perceba o quão profundamente isso está mexendo com você. Explore o poder catalisador da reciprocidade.
O sexto nível de relação sexual é a carícia corporal
Cada pessoa sente mais prazer em determinadas áreas e com diferentes formas de toque ou de pressão. Informe seu parceiro para que ele não tenha que adivinhar. Informar não significa forçosamente falar. Você pode informar com uma respiração mais profunda, um sorriso ou um gemido de prazer cada vez que o outro acertar. Mas se demorar para encontrar a sua forma ideal de carícia, segure-o e conduza com o toque a fim de que entenda o que você deseja. Se ainda assim o parceiro não aprende, fale com ele e diga-lhe como é que você gosta. O que não pode é ficar como um objeto, meramente à mercê dos acontecimentos.
As preferências são tão variáveis que não se poderia traçar aqui um roteiro preciso que servisse para todos. Contudo, há alguns procedimentos que são mais ou menos universais. Por exemplo, o cuidado para não causar dor mediante uma carícia que, em princípio, deveria proporcionar prazer.
As mulheres geralmente machucam, sem querer, os testículos e a glande do parceiro. Os homens geralmente machucam o clitóris e os mamilos da parceira. Portanto, a regra é a carícia delicada. Se o parceiro ou parceira prefere um toque forte, cabe ao interessado pedir mais força. É melhor do que um constrangedor "ai!".
Se a mulher gosta de uma ereção gloriosa não deve pressionar a glande, pois isso bombeia o sangue para fora do pênis. Para intensificar a rigidez do órgão masculino um dos recursos mais eficientes consiste em apertar a base do pênis e puxar o sangue para a ponta, "como ao tirar leite da vaca", segundo textos antigos que se valiam de comparações com o cotidiano do povo de então.
O sétimo nível de relação sexual é o coito
O contato sexual tântrico não deve ser realizado com pressa. Se não há tempo, deixe para uma ocasião mais apropriada. Não tenha por objetivo o orgasmo e sim o prolongamento do prazer por algumas horas.
A iniciação tântrica não pode ser transmitida por livros, portanto, aqui vão apenas algumas normas gerais. Se tiver oportunidade, participe do Curso de Tantra que tem uma etapa teórica, para aquisição de cultura específica, e outra etapa prática para aprendizado das técnicas.
Enquanto não receber a iniciação procure simplesmente conter o orgasmo, tanto o homem quanto a mulher. Vá com calma. Aumente o tempo bem gradualmente. Seja extremamente comedido nas primeiras vezes, ou a Natureza vai lhe mostrar no dia seguinte que a evolução não dá saltos.
Tome um banho antes da sua prática de maithuna, friccionando os chakras, utilizando uma gota de Carezza sobre o swaddhisthana, uma sobre o anáhata e outra sobre o ájña chakra. Quando friccionar este último, tome cuidado para não deixar a essência escorrer para os olhos. Também não vá esfolar sua pele!
A tradição milenar do Tantra Branco, à qual pertence nossa estirpe de Swásthya Yôga, recomenda a depilação pubiana da mulher. Se a praticante ou o seu parceiro não se sentir à vontade, a depilação pode ser parcial, reduzindo a área e o comprimento dos pelos. Lembre-se de que tudo é uma questão cultural, o que equivale a dizer, de hábito. Haveria coisa mais incômoda e anti-natural que um homem depilar seu rosto todos os dias? Não obstante, a maioria assim o faz, conquanto prefira o verbo "barbear"...
Ao iniciar seu exercício, acenda uma vareta de incenso legítimo e coloque-a a uma certa distância, pois a fumaça não deve ser aspirada. Sente-se frente a frente com o seu parceiro. Pratique drishti, o exercício olho-no-olho. Inicialmente, faça-o sem piscar. Algumas percepções visuais poderão ocorrer. Não se assuste. Se surgirem imagens luminosas poderão ser emanações de prána do rosto do consorte. Se ocorrer alguma forma de modificação da fisionomia pode tratar-se de percepção de vivências pretéritas ou do registro de algum Mestre ou Mestra no inconsciente coletivo.
Durante a prática do drishti, inicie a experiência do tato. Primeiramente, das mãos do parceiro, depois do rosto, cabelos, peito, ventre. Essa etapa preliminar pode durar o tempo que o casal achar por bem. Quanto mais prolongada, melhor. Pressa, jamais.
A esta altura, se desejar trabalhar mais profundamente, pode executar os pránáyámas tântricos Shaktí-Shákta e tantrika pránáyáma.
Quando surgir o impulso natural para a comunhão dos corpos, o par pode escolher qualquer posição sentada ou deitada, desde que a mulher fique por cima. No transcorrer da relação, essa posição pode mudar, mas deve prevalecer a alternativa da mulher por cima.
A explicação filosófica dessa preferência é a de que a companheira tântrica representa a Shaktí, a deusa que constitui a energia de Shiva. Ele, o Shákta, adorador da Shaktí, fica por baixo. Na verdade, essa alegoria esconde uma razão de ordem prática: é que a mulher por cima torna-se mais liberada e participante. Não é possuída, mas possui. E como comanda os movimentos pode buscar um melhor coeficiente de atrito nas zonas em que tiver mais sensibilidade.
Devem-se evitar movimentos rápidos e atitudes grosseiras. O amor tântrico precisa ser uma obra de arte, de poesia e estética. Muito carinho é a lei.
"Où l'amour sera roi
Où l'amour sera loi
Et tu seras reine."
Ne me quittes pas, de Jacques Brel.
Para auxiliar a contenção orgástica o Yôga Tântrico dispõe de um vasto arsenal que inclui bandhas, pránáyámas, mantras e mentalizações. Para auxiliar a transmutação da energia sexual e sua canalização em prol do trabalho, estudos, arte, esportes ou para o desenvolvimento interior com o despertamento da kundaliní e ativação dos chakras, há ásanas e mudrás especiais que você aprenderá mais tarde.
Terminando essa linda experiência, os parceiros devem praticar meditação frente a frente e, depois, outro banho.
Esse exercício aumenta muito a potência sexual do homem e a libido da mulher. Os dois devem estar alertados para saber lidar com isso.
Para praticar o maithuna é condição fundamental que o praticante não fume, não beba álcool, nem sequer socialmente, não tome drogas, não coma carnes, nem mesmo as brancas. Se o parceiro é o cônjuge e não pratica Swásthya Yôga, não se furte às relações conjugais nem crie problemas para o seu matrimônio com o pretexto de seguir estas recomendações. Dos males, o menor.
Por outro lado, tratando-se de pessoa solteira ou descasada, eleja muito bem o parceiro. Relacione-se com alguém que seja praticante identificado com a nossa egrégora e que esteja num nível de purificação e evolução semelhante ao seu próprio, ou então, mais elevado, pois isso poderá ajudá-lo. Comungar com pessoas que se encontrem em nível menos evoluído, retarda o seu progresso e anula muitos dos seus esforços.
29 de junho de 2009
28 de junho de 2009
eterna busca
Temos q aprender a nos contentar..
sempre estamos em busca de alguma coisa.. e qd conseguimos.. buscamos outra..
isso no meu caso se resume a TUDO.
qd pequeno eu queria ser um otimo goleiro.. ganhei 3 estaduais .. fui chamado pra jogar em clube maneiro.. e parei de jogar
queria uma namorada.. namorei e terminei logo depois
queria fazer escola tecnica...passei e .. abandonei o tecnico
queria passar pra uma otima faculdade. e particularmente dessa eu me orgulho.. pasei pra Fisica na UERJ.. mas pronto passei.. e agora quero outra coisa..
hoje em dia.. eu tenho direcionado essas vontades pra coisas realmente sem significado.. isso me traz problemas..
niguem pode ser feliz com objetivos tão imbecis. mas são os q não me incomodo realmente de abandonar;;
eu juro por tudo.. uma coisa q eu quero ter vontade de verdade de estudar.. nunca tive esse costume.. e não consigo me concentrar nisso..sem estudar eu não passo nas materias.
qq eu faço durante meus dias todos q não estudo? nada.. é uma vidinha vazia..
eu comecei o post ra falar meio q filosoficamente mas acabei ilustrando minha vida e minhas frustrações..
o fato é, voltando ao filosofico, que nunca estamos satisfeitos..
seria otimo se ao conquistarmos algo, buscassemos uma complementçõ.. mas não é o meu caso..
já dizia Tomas Edson: a Grama do vizinho é mais verde
as coisas são muito legais de ver.. mas qd vc consegue se incluir no meio, perde totalmente a graça.
Comentari leve.: Eu realmente me decepciono com esse blog. quem o lê acha q eu sou alguem que eu não sou.. exemplo.. minhas series. serie sobre conquista, serie sobre sexo tantrico. mas eu não sou um bom conquistador.. tá na cama eu sou bom. mas não é tão frequente q parece ao ler os posts
voltando. ah, deixa pra lá
sempre estamos em busca de alguma coisa.. e qd conseguimos.. buscamos outra..
isso no meu caso se resume a TUDO.
qd pequeno eu queria ser um otimo goleiro.. ganhei 3 estaduais .. fui chamado pra jogar em clube maneiro.. e parei de jogar
queria uma namorada.. namorei e terminei logo depois
queria fazer escola tecnica...passei e .. abandonei o tecnico
queria passar pra uma otima faculdade. e particularmente dessa eu me orgulho.. pasei pra Fisica na UERJ.. mas pronto passei.. e agora quero outra coisa..
hoje em dia.. eu tenho direcionado essas vontades pra coisas realmente sem significado.. isso me traz problemas..
niguem pode ser feliz com objetivos tão imbecis. mas são os q não me incomodo realmente de abandonar;;
eu juro por tudo.. uma coisa q eu quero ter vontade de verdade de estudar.. nunca tive esse costume.. e não consigo me concentrar nisso..sem estudar eu não passo nas materias.
qq eu faço durante meus dias todos q não estudo? nada.. é uma vidinha vazia..
eu comecei o post ra falar meio q filosoficamente mas acabei ilustrando minha vida e minhas frustrações..
o fato é, voltando ao filosofico, que nunca estamos satisfeitos..
seria otimo se ao conquistarmos algo, buscassemos uma complementçõ.. mas não é o meu caso..
já dizia Tomas Edson: a Grama do vizinho é mais verde
as coisas são muito legais de ver.. mas qd vc consegue se incluir no meio, perde totalmente a graça.
Comentari leve.: Eu realmente me decepciono com esse blog. quem o lê acha q eu sou alguem que eu não sou.. exemplo.. minhas series. serie sobre conquista, serie sobre sexo tantrico. mas eu não sou um bom conquistador.. tá na cama eu sou bom. mas não é tão frequente q parece ao ler os posts
voltando. ah, deixa pra lá
26 de junho de 2009
Série Tantra....18
PECADOS TANTRICOS
Ciúme
O ciúme nada mais é do que a soberba ignorância dos princípios de espaço vital e, na mesma proporção, constitui uma grosseiríssima falta de educação para com o parceiro, bem como para com todos quantos sejam vitimados por presenciar a cena, ainda que ela seja apenas uma cara feia. Isso, sem falar nos amigos ou amigas que acabam envolvidos na ridícula ceninha de novela mexicana.
Se você quer azedar seu relacionamento afetivo, a receita é infalível. Seja ciumento(a). Ou o relacionamento deteriora e vai cada um para o seu lado, ou acabarão sendo protagonistas das manchetes policiais.
Ciúme é uma truculência psicológica sem desculpa.
Se sua mulher é ciumenta, meus pêsames. Se seu marido é ciumento, considere nossa amizade rompida. Se você é ciumento(a), vá fazer uma psicoterapia, que ninguém tem culpa das suas inseguranças psicológicas.
Possessividade
Muita gente pensa que é tântrico só porque, teoricamente, aprecia o discurso do Tantra. É preciso tomar cuidado com isso, pois há tantas variáveis culturais e biológicas em conflito no nosso psiquismo que podem interferir no comportamento de maneira imprevisível e incontrolável. Conscientemente você quer ser uma pessoa mais desreprimida, desapegada, tolerante para com o parceiro ou parceira, porém, inconscientemente segue reagindo como os educadores ultra-moralistas nos condicionaram desde a mais tenra infância.
Passei por episódios em minha própria vida, e presenciei na dos meus amigos, em que pessoas maravilhosas tropeçaram em seus antigos paradigmas sobre possessividade. Assim, ao invés de tornarem-se mais livres e felizes por aproximarem-se do Tantra, experimentaram conflitos em seus relacionamentos afetivos.
Acontece que o Tantra não é algo a que alguém possa se converter. Ou você é tântrico, ou não é. Se não for, não peça iniciação. Caso contrário iludir-se-á durante algum tempo e, na hora em que uma circunstância não usual se apresentar, deflagrará um quadro neurótico.
Para não citarmos casos recentes, a fim de que ninguém vista a carapuça, vou relatar um caso que ocorreu em 1972, na cidade de Uberaba. Um casal começou a ler sobre o tema, gostou e partiu para uma tentativa de casamento tântrico. Eram duas pessoas inteligentes, educadas, sensíveis e jovens (o que é importante), mas não conseguiram transportar o ideal lindíssimo da teoria para a vida real. Iludiram-se durante algum tempo pensando que eram tântricos da gema e, quando menos esperavam, a vida pôs-lhes à prova. A partir da tentativa de eliminar a possessividade, tudo o que conseguiram foi a deflagração de uma violenta crise de ciúme e ocorreu uma ruptura.
Por outro lado, sou testemunha de vários casamentos que estavam irremediavelmente deteriorados, para os quais não havia mais esperanças de recuperação, e que foram salvos pela introdução do Tantra. Tornaram-se "pessoas felizes para sempre" e eternamente gratas ao Tantra.
Conclusão: não se violente. Se você já nasceu tântrico, travar contacto com outras pessoas que compartilhem o mesmo ideal será o céu na terra e lhe proporcionará liberdade, saúde, felicidade e autoconhecimento. Mas se não nasceu já identificado, assuma-se como um bom brahmachárya ou corra o risco de desajustar-se e perder o prumo.
Isso não tem nada a ver com as diferentes opiniões ou distintos graus de liberdade que cada pessoa pode manifestar sendo, no entanto, cem por cento tântrica. Noutras palavras, você pode ser tântrico e defender uma posição ou mais ou menos moralista, conforme a educação que teve. Isso é questão de foro íntimo.
Ciúme
O ciúme nada mais é do que a soberba ignorância dos princípios de espaço vital e, na mesma proporção, constitui uma grosseiríssima falta de educação para com o parceiro, bem como para com todos quantos sejam vitimados por presenciar a cena, ainda que ela seja apenas uma cara feia. Isso, sem falar nos amigos ou amigas que acabam envolvidos na ridícula ceninha de novela mexicana.
Se você quer azedar seu relacionamento afetivo, a receita é infalível. Seja ciumento(a). Ou o relacionamento deteriora e vai cada um para o seu lado, ou acabarão sendo protagonistas das manchetes policiais.
Ciúme é uma truculência psicológica sem desculpa.
Se sua mulher é ciumenta, meus pêsames. Se seu marido é ciumento, considere nossa amizade rompida. Se você é ciumento(a), vá fazer uma psicoterapia, que ninguém tem culpa das suas inseguranças psicológicas.
Possessividade
Muita gente pensa que é tântrico só porque, teoricamente, aprecia o discurso do Tantra. É preciso tomar cuidado com isso, pois há tantas variáveis culturais e biológicas em conflito no nosso psiquismo que podem interferir no comportamento de maneira imprevisível e incontrolável. Conscientemente você quer ser uma pessoa mais desreprimida, desapegada, tolerante para com o parceiro ou parceira, porém, inconscientemente segue reagindo como os educadores ultra-moralistas nos condicionaram desde a mais tenra infância.
Passei por episódios em minha própria vida, e presenciei na dos meus amigos, em que pessoas maravilhosas tropeçaram em seus antigos paradigmas sobre possessividade. Assim, ao invés de tornarem-se mais livres e felizes por aproximarem-se do Tantra, experimentaram conflitos em seus relacionamentos afetivos.
Acontece que o Tantra não é algo a que alguém possa se converter. Ou você é tântrico, ou não é. Se não for, não peça iniciação. Caso contrário iludir-se-á durante algum tempo e, na hora em que uma circunstância não usual se apresentar, deflagrará um quadro neurótico.
Para não citarmos casos recentes, a fim de que ninguém vista a carapuça, vou relatar um caso que ocorreu em 1972, na cidade de Uberaba. Um casal começou a ler sobre o tema, gostou e partiu para uma tentativa de casamento tântrico. Eram duas pessoas inteligentes, educadas, sensíveis e jovens (o que é importante), mas não conseguiram transportar o ideal lindíssimo da teoria para a vida real. Iludiram-se durante algum tempo pensando que eram tântricos da gema e, quando menos esperavam, a vida pôs-lhes à prova. A partir da tentativa de eliminar a possessividade, tudo o que conseguiram foi a deflagração de uma violenta crise de ciúme e ocorreu uma ruptura.
Por outro lado, sou testemunha de vários casamentos que estavam irremediavelmente deteriorados, para os quais não havia mais esperanças de recuperação, e que foram salvos pela introdução do Tantra. Tornaram-se "pessoas felizes para sempre" e eternamente gratas ao Tantra.
Conclusão: não se violente. Se você já nasceu tântrico, travar contacto com outras pessoas que compartilhem o mesmo ideal será o céu na terra e lhe proporcionará liberdade, saúde, felicidade e autoconhecimento. Mas se não nasceu já identificado, assuma-se como um bom brahmachárya ou corra o risco de desajustar-se e perder o prumo.
Isso não tem nada a ver com as diferentes opiniões ou distintos graus de liberdade que cada pessoa pode manifestar sendo, no entanto, cem por cento tântrica. Noutras palavras, você pode ser tântrico e defender uma posição ou mais ou menos moralista, conforme a educação que teve. Isso é questão de foro íntimo.
24 de junho de 2009
Série Tantra....17
O procedimento do homem tântrico
O homem tântrico é discreto, não assedia, não é inconveniente, não faz convites, não age como um predador faminto. Se ele quer que a mulher tântrica seja mais espontânea e tenha mais iniciativa para demonstrar que deseja uma aproximação, precisa dar-lhe espaço e parar de sufocá-la. Que nos desculpem aquelas que gostam de homens atrevidos. O tântrico não é assim.
Já ouvimos alguns comentários de que, para os parâmetros da educação que as mulheres receberam, o homem tântrico pode parecer desinteressado. Mas não é isso. O que aquelas mulheres sentiram foi a falta do machismo nesses homens muito especiais, com os quais elas não estavam habituadas a lidar... Acontece que a mulher é mais machista que o homem e é ela quem incentiva o machismo. Afinal, não é a mãe que educa o filho com mais liberdade do que a filha?
O homem tântrico é discreto, não assedia, não é inconveniente, não faz convites, não age como um predador faminto. Se ele quer que a mulher tântrica seja mais espontânea e tenha mais iniciativa para demonstrar que deseja uma aproximação, precisa dar-lhe espaço e parar de sufocá-la. Que nos desculpem aquelas que gostam de homens atrevidos. O tântrico não é assim.
Já ouvimos alguns comentários de que, para os parâmetros da educação que as mulheres receberam, o homem tântrico pode parecer desinteressado. Mas não é isso. O que aquelas mulheres sentiram foi a falta do machismo nesses homens muito especiais, com os quais elas não estavam habituadas a lidar... Acontece que a mulher é mais machista que o homem e é ela quem incentiva o machismo. Afinal, não é a mãe que educa o filho com mais liberdade do que a filha?
22 de junho de 2009
Série Tantra....16
O procedimento da mulher tântrica
A mulher tântrica é mais sensual do que as mulheres comuns, por ser menos reprimida. Permite-se usar roupas mais provocantes, olha com profundidade nos olhos dos homens e toca seus amigos com uma liberdade que a dona de casa pós-feudal não tem.
No relacionamento conjugal ela não fica esperando que o homem a procure sempre que ele quiser. Afinal, ela não é seu objeto. Tem vontade e tem desejo. Ou num determinado momento não o tem. É preciso que o companheiro possa perceber a diferença. Se ela sistematicamente não o procurar, ou procurá-lo pouco, ele jamais saberá o quanto ela o deseja.
Os homens muito freqüentemente têm a sensação de que não são desejados, pois as mulheres não manifestam seus sentimentos com a mesma expansividade que eles. Por que o homem tem que ir sempre à mulher? Num baile é o cavalheiro que vai tirar a dama para dançar. Por que a mulher não pode convidar o homem? Certa vez, numa festa, uma desconhecida convidou-me para dançar. Senti-me tão lisonjeado que a sensação de acolhimento acariciou-me o ego durante meses.
Portanto, se a mulher tântrica desejar aproximar-se de um homem, que não fique bancando a Cinderela e vá à luta. Contudo, a mesma educação, sensibilidade, delicadeza e senso de oportunidade que se exige do homem, também ela deverá exercer.
A mulher tântrica é mais sensual do que as mulheres comuns, por ser menos reprimida. Permite-se usar roupas mais provocantes, olha com profundidade nos olhos dos homens e toca seus amigos com uma liberdade que a dona de casa pós-feudal não tem.
No relacionamento conjugal ela não fica esperando que o homem a procure sempre que ele quiser. Afinal, ela não é seu objeto. Tem vontade e tem desejo. Ou num determinado momento não o tem. É preciso que o companheiro possa perceber a diferença. Se ela sistematicamente não o procurar, ou procurá-lo pouco, ele jamais saberá o quanto ela o deseja.
Os homens muito freqüentemente têm a sensação de que não são desejados, pois as mulheres não manifestam seus sentimentos com a mesma expansividade que eles. Por que o homem tem que ir sempre à mulher? Num baile é o cavalheiro que vai tirar a dama para dançar. Por que a mulher não pode convidar o homem? Certa vez, numa festa, uma desconhecida convidou-me para dançar. Senti-me tão lisonjeado que a sensação de acolhimento acariciou-me o ego durante meses.
Portanto, se a mulher tântrica desejar aproximar-se de um homem, que não fique bancando a Cinderela e vá à luta. Contudo, a mesma educação, sensibilidade, delicadeza e senso de oportunidade que se exige do homem, também ela deverá exercer.
19 de junho de 2009
Série Tantra....15
Como ser um tântrico
Ocorre com muita freqüência que as pessoas sejam muito tântricas na teoria. São capazes de escrever livros e dar conferências inflamadas sobre o tema. Mas em sua vida real, são um bando de brahmacharyas enrustidos.
Vamos parar com a hipocrisia
Ser tântrico exige sinceridade, honestidade de propósitos, filosofia de vida. Uma pessoa não se obriga a ser tântrica. Se não for, assuma-se como patriarcal repressor e não tente violentar-se para converter-se ao Tantra como se isso fosse uma espécie de religião à qual alguém pode ser doutrinado. O resultado não seria saudável.
O que mais se vê são casais que se dizem tântricos, mas vivem em clima de possessividade, cobrança e isolamento cultural em relação aos que são tântricos de verdade. Casais supostamente tântricos, mas na verdade vítimas silentes de ciúme em nível psiquiátrico.
O casal que se fecha em copas
Uma conseqüência de tudo o que expus no tópico anterior é o fato mais ou menos comum da célula conjugal que se isola dos demais, como que a declarar ao mundo:
— Nós nos bastamos. Não precisamos de ninguém.
É a atitude típica do casalzinho recém-casado, apaixonado. Mas aí compreende-se. Estão na fase da paixão. Só que se não curarem rápido essa ressaca, vão ficar não apenas isolados, mas antipatizados. E quando precisarem de alguém, é possível que olhem em volta e não encontrem ninguém.
Portanto, vamos moderar a possessividade e cultivar a civilidade.
Ocorre com muita freqüência que as pessoas sejam muito tântricas na teoria. São capazes de escrever livros e dar conferências inflamadas sobre o tema. Mas em sua vida real, são um bando de brahmacharyas enrustidos.
Vamos parar com a hipocrisia
Ser tântrico exige sinceridade, honestidade de propósitos, filosofia de vida. Uma pessoa não se obriga a ser tântrica. Se não for, assuma-se como patriarcal repressor e não tente violentar-se para converter-se ao Tantra como se isso fosse uma espécie de religião à qual alguém pode ser doutrinado. O resultado não seria saudável.
O que mais se vê são casais que se dizem tântricos, mas vivem em clima de possessividade, cobrança e isolamento cultural em relação aos que são tântricos de verdade. Casais supostamente tântricos, mas na verdade vítimas silentes de ciúme em nível psiquiátrico.
O casal que se fecha em copas
Uma conseqüência de tudo o que expus no tópico anterior é o fato mais ou menos comum da célula conjugal que se isola dos demais, como que a declarar ao mundo:
— Nós nos bastamos. Não precisamos de ninguém.
É a atitude típica do casalzinho recém-casado, apaixonado. Mas aí compreende-se. Estão na fase da paixão. Só que se não curarem rápido essa ressaca, vão ficar não apenas isolados, mas antipatizados. E quando precisarem de alguém, é possível que olhem em volta e não encontrem ninguém.
Portanto, vamos moderar a possessividade e cultivar a civilidade.
17 de junho de 2009
Intervalo
Vcs já devem ter percebido q eu num posto de veradde a bastante tempo.. programei essa serie pra rolar, pq ia ficar sem tempo de postar aqui..
e continuo sem tempo.. mas agora tb não tenho tempo de continuar a serie..
então apartir de sabado isso aqui vai ser mei abandonado. até q eu conseiga uns minutinhos pra escrever sobre algo realmente interessante
e continuo sem tempo.. mas agora tb não tenho tempo de continuar a serie..
então apartir de sabado isso aqui vai ser mei abandonado. até q eu conseiga uns minutinhos pra escrever sobre algo realmente interessante
Série Tantra....14
A reverência à Shaktí
A Shaktí só receberá toda essa reverência do seu adorador, o Shakta, se for merecedora desse status que conquista por mérito próprio e um dos fatores para tanto é a reciprocidade da adoração ao Shakta.
Outro requisito é que a mulher seja tântrica e não brahmacharya. Noutras palavras, que ela não seja machista. É a própria postura da mulher que, ao se comportar como bibelô, dondoca, Cinderela, dona-de-casa, empregada doméstica, etc., termina demolindo o respeito do homem por ela.
Finalmente, a mulher tântrica deve ser competente ao atuar no mundo. O Shakta só poderá tratar como deusa a mulher que seja uma vencedora e não uma completa incapaz. É preciso que ela saiba ganhar dinheiro, tanto ou mais do que ele. Que ela saiba guiar o automóvel tão bem ou melhor do que ele. Enfim, que não aja como uma alienada que precise ser o tempo todo ensinada, ajudada, amparada, pois se lhe faltar o braço forte do homem ela será capaz de cair... Assim como o homem só consegue ser cavalheiro se a mulher agir como uma dama, ele só consegue ser tântrico se ela também o for.
A Shaktí só receberá toda essa reverência do seu adorador, o Shakta, se for merecedora desse status que conquista por mérito próprio e um dos fatores para tanto é a reciprocidade da adoração ao Shakta.
Outro requisito é que a mulher seja tântrica e não brahmacharya. Noutras palavras, que ela não seja machista. É a própria postura da mulher que, ao se comportar como bibelô, dondoca, Cinderela, dona-de-casa, empregada doméstica, etc., termina demolindo o respeito do homem por ela.
Finalmente, a mulher tântrica deve ser competente ao atuar no mundo. O Shakta só poderá tratar como deusa a mulher que seja uma vencedora e não uma completa incapaz. É preciso que ela saiba ganhar dinheiro, tanto ou mais do que ele. Que ela saiba guiar o automóvel tão bem ou melhor do que ele. Enfim, que não aja como uma alienada que precise ser o tempo todo ensinada, ajudada, amparada, pois se lhe faltar o braço forte do homem ela será capaz de cair... Assim como o homem só consegue ser cavalheiro se a mulher agir como uma dama, ele só consegue ser tântrico se ela também o for.
15 de junho de 2009
Série Tantra....13
A posição da Shaktí por cima do homem
Uma característica do Tantra é a posição sempre privilegiada da mulher. Em pinturas ou esculturas tântricas a mulher geralmente está por cima do homem. Na relação sexual a posição da mulher dominando é a mais comum. No Tantra, a mulher não é possuída, mas possui.
Aliás, a evolução da nossa espécie pode ser dividida em três fases, conforme a posição que a mulher assumiu durante o coito. São elas:
1. fase troglodita - cobrindo a fêmea por trás (como os animais);
2. fase patriarcal - frente a frente, o homem por cima (meio evoluído);
3. fase tântrica - frente a frente, a mulher por cima (evolução plena).
"Como posso adorar uma deusa se não olhar para cima?"
Além de tornar a relação mais liberada e prazerosa para a mulher, tem a vantagem de quebrar o condicionamento do macho de cobrir para fecundar. Privado da postura dominante, seu inconsciente entende que o objetivo ali não é ejacular. Isso contribui para ajudá-lo a reter o orgasmo, prolongando o contato e, assim, alcançando o hiper orgasmo.
Uma característica do Tantra é a posição sempre privilegiada da mulher. Em pinturas ou esculturas tântricas a mulher geralmente está por cima do homem. Na relação sexual a posição da mulher dominando é a mais comum. No Tantra, a mulher não é possuída, mas possui.
Aliás, a evolução da nossa espécie pode ser dividida em três fases, conforme a posição que a mulher assumiu durante o coito. São elas:
1. fase troglodita - cobrindo a fêmea por trás (como os animais);
2. fase patriarcal - frente a frente, o homem por cima (meio evoluído);
3. fase tântrica - frente a frente, a mulher por cima (evolução plena).
"Como posso adorar uma deusa se não olhar para cima?"
Além de tornar a relação mais liberada e prazerosa para a mulher, tem a vantagem de quebrar o condicionamento do macho de cobrir para fecundar. Privado da postura dominante, seu inconsciente entende que o objetivo ali não é ejacular. Isso contribui para ajudá-lo a reter o orgasmo, prolongando o contato e, assim, alcançando o hiper orgasmo.
12 de junho de 2009
Série Tantra....12
Os quatro tipos de Shaktís
Nossa Escola reconhece quatro tipos de parceiras, correspondentes aos elementos terra, água, ar e fogo.
Prithiví Shaktí (energia da terra) - inerte como a terra: é o tipo de parceira que não tem muita energia sexual ou que não tem disposição suficiente, ou que tem alguma disfunção orgânica ou psicológica, incluindo-se aqui tanto as frígidas quanto as que manifestam baixa necessidade de sexo e, ainda, as muito reprimidas.
Apas Shaktí (energia da água) - passiva, que se acomoda com o formato do recipiente: é o tipo de companheira que tem razoável disposição, mas que não toma muita iniciativa e poderá até conseguir uma ótima performance desde que o homem conduza e domine a situação. Se o homem não estiver a fim de sexo, ou se não estiver a fim dela, ou se estiver cansado, ela simplesmente não fará nada para reverter essa situação. Noutras palavras, se o homem estiver com ereção eles irão ter um contato sexual; se ele não tiver uma ereção ela simplesmente não saberá o que fazer; ou não quererá fazê-lo; ou será muito reprimida para tanto. É praticamente uma mulher-objeto.
Vayu Shaktí (energia do ar) - ativa, livre como o ar: é o tipo de mulher que tem ótima sexualidade e toma a iniciativa. Se o homem não estiver a fim de sexo, ou não estiver a fim dela, ou estiver cansado, ela simplesmente reverte a situação através dos mais diversos artifícios, desde um olhar flamejante, um sorriso cativante, uma caretinha graciosa, um dengo, uma palavra, um tom de voz, cabelos, roupas ou adereços sedutores, carícias, expressão corporal e o que mais for necessário. Ela fará o diabo, mas que conseguirá extrair uma ereção daquele preguiçoso, lá isso conseguirá!
Agni Shaktí (energia do fogo) - fulgurante como o fogo: é muito semelhante ao tipo anterior, com uma sutil diferença. Ela não dependerá da ereção e conseguirá extrair prazer de praticamente qualquer parte do corpo do homem, independentemente da participação dele. Ela fará a festa mesmo que o parceiro esteja dormindo ou morto - e acordará até defunto. É a super-parceira, que todo homem quer ter. Mas se você é mulher e está lendo estas linhas, cuide para ter o bom-senso de respeitar os limites quando o homem não quiser mesmo e saiba parar antes de levar um fora. Seduzir, sempre; invadir, jamais! Aliás, esta norma de boas maneiras serve para ambos.
10 de junho de 2009
Série Tantra....11
Shaktí
O termo shaktí significa energia. Por extensão, designa a companheira tântrica, que pode ser esposa, amante ou amiga. Dependendo do uso na frase, pode também referir-se à kundaliní ou, ainda, à Mãe Divina.
No Tantra, aprendemos um conceito muito bonito, segundo o qual Shiva sem Shaktí é shava. Isto é, "o homem sem a mulher é um cadáver". Shiva é o elemento masculino, que deve ser catalisado pela Shaktí, elemento feminino. Veja como é interessante: a mulher, quando companheira, denomina-se Shaktí, que significa literalmente energia. É aquela que energiza, que faz acontecer.
Sem a mulher, o homem não evolui na senda tântrica. Nem a mulher sem o homem. É preciso que tenhamos os dois pólos. Podemos fazer passar qualquer quantidade de eletricidade por um fio e ainda assim a luz não se acenderá, a menos que haja um pólo positivo e outro negativo, um masculino e outro feminino. Assim é nas práticas tântricas.
O Tantra também possui um componente fortemente poético que contribui para tornar as pessoas mais sensíveis e aumenta o senso de respeito e de amor entre homem e mulher. Nesse sentido, um dos seus conceitos mais encantadores ensina que, para o homem, a mulher é a manifestação vivente da própria divindade e, como tal, ela deve ser reverenciada e amada. A recíproca é verdadeira, pois a mulher desenvolve um sentimento equivalente em relação ao homem.
8 de junho de 2009
Série Tantra....10
A depilação total da mulher
Uma das mais marcantes características do Tantra Branco ou Dakshinachara Tantra, é a tradição da mulher depilar-se totalmente. Trata-se de uma tradição, não de uma obrigação. No Tantra, a liberdade é o princípio mais respeitado.
A depilação pubiana foi adotada para aumentar a sensibilidade da mulher e, dessa forma, o prazer de ambos os parceiros. Também é considerado o aspecto estético. Você já notou que as mulheres fazem questão de depilar pernas e axilas para ficar mais bonitas. Imagine uma donzela com as pernas e axilas cabeludas. Imaginou? O que foi que você sentiu? Isso é verdade com relação também aos pelos pubianos. Normalmente as mulheres não se preocupam muito com eles uma vez que poucos olhares têm acesso a essa região. Mas e o seu eleito? Ele não merece a consideração?
5 de junho de 2009
Série Tantra....9
Tipos de Tantra
Existem vários tipos de Tantra, dos quais, os mais importantes são o Dakshinachara e o Vamachara, isto é, o da direita e o da esquerda. Além das várias escolas de Tantrismo temos ainda as influências exercidas pelo Tantra sobre outras filosofias, artes, sistemas e religiões, como é o caso do Budismo Tântrico, Taoísmo Tântrico, Arte Tântrica, Magia Tântrica, Yôga Tântrico, etc.
Num tal emaranhado é bom que nos situemos, pois a tradição oriental não admite aquela confusão perpetrada pela misturança de sistemas que o consumismo ocidental embaralhou a fim de faturar melhor, explorando a desinformação da opinião pública.
Nosso trabalho é de Yôga. A tradição de Yôga que abraçamos é de linha tântrica. Por ser um Yôga antigo, a estirpe de Tantra é o Dakshinachara ou tantrismo branco. O Tantra Branco é o mais antigo e também o mais sutil, sofisticado e bem reputado na Índia e no mundo todo. Seus seguidores são pessoas sensíveis, educadas e de bons costumes. Não fumam, não tomam bebidas alcoólicas em circunstância alguma, não comem carne de nenhuma espécie e não consomem drogas.
3 de junho de 2009
Série Tantra....8
Moral, imoral ou amoral?
O Tantra tem sido classificado como amoral, isto é, composto por um certo número de recursos técnicos e preceitos comportamentais que, em si, nada têm a ver com moralidade. São princípios e exercícios utilizados para produzir um determinado resultado, não dependendo dos costumes de cada época ou país.
Em qualquer época e em qualquer lugar, tais práticas vão produzir o mesmo resultado, independentemente da religião ou da moral vigente. O que se pode colocar aqui é que se a sua moral particular ou o seu condicionamento comportamental não concordar com as propostas do Tantra, você poderá simplesmente não adotá-lo como filosofia de vida. Mas deverá respeitar a liberdade de outros para quem essa estrutura é considerada boa e saudável.
Na verdade o Tantra possui uma ética própria, extremadamente coerente com suas propostas. Ocorre que o termo moral provém do latim mores, que significa costumes. Ora, os costumes variam. A moral varia de uma cidade para a outra e de um ano para o outro.
A moral varia tanto que, em 1996, num concurso para juiz realizado pela Justiça de São Paulo, algumas advogadas foram impedidas de entrar para prestar exame por estar vestidas com calça comprida. A revista veja de 11 de setembro daquele ano relata, na página 78, que várias candidatas para poder fazer suas provas tiveram que tirar a calça comprida e entrar só de camiseta e calcinha. Aí, tudo bem, pois o que está escrito no regulamento é que de calça comprida não entra. Imoral, portanto, seria entrar de calça comprida, traje que esconde muito mais o corpo feminino do que uma saia, porém, considerado indecoroso para uma advogada usar no Foro. Talvez você entenda isso. Eu, francamente, não compreendo.
A moral varia mais ainda entre países, etnias e religiões. O Tantra não tem nada com isso. Possui sua própria ética que é universal e eterna, servindo para todo o gênero humano, sem limitações culturais, espaciais ou temporais.
Por isso mesmo, os tântricos devem cuidar para que a ética do Tantra e a moral vigente não se choquem. O melhor dispositivo de segurança é sua caraterística de gupta vidyá, ou ciência secreta, graças à qual vem preservando suas tradições ao longo de milênios e apesar de muitas guerras de colonização da Índia.
Uma boa interpretação do conceito gupta vidyá é a discrição. Sendo discretos, quase tudo nos é permitido ou, pelo menos, tolerado.
2 de junho de 2009
série Em teoria... 25 e 26
RELACIONAMENTOS DESCOMPLICADOS
Sentir-se atraído por alguém, deixar que o outro perceba a sua intenção de conhecê-lo, iniciar uma conversa, tudo isso pode ser muito agradável se você for uma pessoa descomplicada.
A paquera é uma espécie de brincadeira de gente grande, quando você pode descontrair e se divertir bastante. Para isso, temos que ter bom humor. Não levar muito a sério tudo. Você investe no contato. Se der certo, bem, se não der certo, não esquenta a cabeça.
Preste atenção no tipo de pessoa que você anda paquerando. Conheço muita gente que insiste em paquerar gente difícil. E depois fica se sentindo rejeitado. Uma coisa é você se sentir atraído por alguém, mas é bem importante você entender se a outra pessoa está interessada em você. Nesta gangorra dos relacionamentos o ideal é que ninguém esteja por cima ou por baixo.
A base é a sua auto-estima e não permitir que alguém lhe trate mal. Outro ponto é a habilidade que você tem para conviver com a sua solidão. Se você consegue ficar bem consigo mesmo não vai vender a sua alma para o diabo, isto é, não vai entrar em qualquer relação só para não ficar só.
Daí os seus encontros ficam mais light, sem tanto stress. Se o seu encontro não estiver bom, você sai fora, não fica em um barco que está furado. Ou se o seu encontro é bom, por que não ficar aberto para aprofundá-lo? Cada encontro, uma história. Assim o comprometimento vai acontecendo em bases reais. sem projetos, sem expectativas, sem tantos planos.
O amor é selvagem e não tente aprisioná-lo dentro de regras e convenções. A única possibilidade de mantê-lo vivo é cultivando-o com liberdade e sinceridade.
O QUE NÃO FUNCIONA
Não funciona você querer forçar a barra, insistindo num contato quando a outra pessoa não está a fim. Pega mal começar um papo reclamando da vida ou falando mal de si mesmo. O primeiro contato funciona melhor se for agradável e leve.
Questões muito polêmicas podem não ser bem-vindas na paquera. Por isso tente desviar de assuntos que possam gerar um clima de discussão. Ficar em casa, esperando que um dia aconteça alguma coisa pode ser uma crença sua, mas não funciona.
Lisonjear a pessoa não é um bom caminho. Fazer elogios sinceros é diferente e não devemos economizá-los, mas falar algo só para amaciar o ego do outro é um jogo que com o tempo não dá certo.
Tem gente que é craque em dar conselhos. É a síndrome do professor. Mas na paquera isso pode parecer muito chato. Nem todo mundo quer ficar na posição de aluno.
Quando você está paquerando o ideal é que você esteja aberto nos seus objetivos. Por exemplo, se você tem a intenção de só paquerar alguém para um relacionamento sério, provavelmente o seu grau de exigência é bem grande. Mas se você se coloca aberto, deixando que o próprio contato lhe mostre o caminho, você só tem a ganhar. Pode ser que você chegue à conclusão de que você quer somente ficar com a pessoa. Ou pode ser que você tenha encontrado o amor da sua vida. Ou uma boa amizade. Ou pode ser também que não lhe interesse prolongar o contato. De toda forma, quanto menos planejado você estiver, melhor a paquera que vai ter.
Não seja tão fantasioso. Você está na sua mesa e se interessa por alguém que está do outro lado do bar. Fica olhando, olhando. Imagina como ela deve ser. Imagina, imagina. Até que vem um outro cara, começa a conversar com ela e você continua imaginando, imaginando...
1 de junho de 2009
Série Tantra....7
Darshan - a visão
"Uma pessoa que proporcione uma tal
magnitude de prazer, só pode ser divina."
Darshan significa visão. Diz-se, por exemplo, que o Mestre concedeu um darshan quando ele aparece para os seus discípulos, não para dar uma aula nem uma palestra, mas simplesmente para ser visto por eles. Senta-se na frente da turma e permanece em silêncio por algum tempo e depois retira-se. Algumas vezes, conversa informalmente antes de retirar-se.
No Tantra, o darshan também pode ter outro sentido.
A Shaktí é a própria divindade encarnada e o corpo da Shaktí é o templo do Shakta. Por isso, quando uma mulher concede a graça de um darshan do seu corpo a um homem, tal ato tem o valor de um pújá carregado de bhava e de carinho. É como uma retribuição que a mulher presta ao homem pelo fato dele a reverenciar no status de deusa.
Num momento inusitado, com um gesto glorioso como só as deusas são capazes de coreografar, ela permite que o devoto especial divise uma parte do templo. Esse homem sobre quem recaíram as graças da deusa feita carne, terá o privilégio de observar a arquitetura dos altares mais recônditos e sagrados.
Nem mesmo ela tem noção de quão profundamente tal imagem excelsa ficará registrada para sempre na mente do privilegiado a quem foi concedida tal honraria, ou o quanto ele lhe será grato pelo resto da vida. Ele não esquecerá jamais a Dêví que num simples gesto corporal alterou magistralmente sua secreção hormonal, seu sistema nervoso, seus batimentos cardíacos, seu ritmo respiratório, estimulou seus hemisférios cerebrais e proporcionou bem-aventurança imediata! Tudo isso com um simples gesto de lhe mostrar, inesperadamente, uma parte do seu corpo.
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